
Torcedor Cibernetico
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Observatorio da Imprensa
Principe Azul |
18/08/2004 | Evandro Oliveira
(Re)Aprendendo a ser torcedor do Cruzeiro
Mais oscilante do que gangorra. Mais indecifrável do que escritos de ruÃnas nas cavernas existentes mundo afora
Coluna transcrita de ´Coluna do Cruzeirense`
Mais oscilante do que gangorra. Mais indecifrável do que escritos de ruÃnas nas cavernas existentes mundo afora. Assim está o Cruzeiro neste Brasileirão/2004.
Poucas pessoas conseguiram realmente determinar os motivos para que o Cruzeiro fique com uma performance como a que está tendo. Já se trocou de treinador, já saÃram e entraram muitos jogadores, já tentaram as mais diversas aplicações e nada de se convencer o torcedor dos motivos e das tentativas de que as mudanças foram planejadas e analisadas como as melhores para o time.
Está difÃcil até interpretar as motivações e desejos de cada uma das pessoas que decidem e encaminham as ações no Cruzeiro.
Talvez o mais esperto tenha sido o treinador Vanderlei Luxemburgo que arrumou um jogo de cena para pular fora do barco que tinha tudo para ficar a deriva (não está à deriva mas está totalmente sem rumo) e ainda saiu argumentando que queria ficar.
Ao torcedor resta reaprender a torcer.
Torcer imaginando que os objetivos e sonhos do torcedor sejam os mesmos da direção do time e da comissão técnica.
A fase de 2003 acabou, torceremos para voltar, independente dos comandantes e das comissões técnicas.
É muito difÃcil a readaptação deste torcedor, até mesmo porque parcela da torcida, de tão inebriada que ficou, faz a defesa cega de inúmeros erros apresentados nesta temporada pelos majestosos tÃtulos de 2003.
Tem muito torcedor que não quer reaprender a torcer, quer ficar com o sonho de 2003 para sempre e desconhece que é o espÃrito crÃtico que sempre teve a torcida do Cruzeiro (que a mÃdia define como exigente) que sempre levou os dirigentes a fazerem as coisas da melhor maneira possÃvel, de forma a rever de tempos em tempos seus encaminhamentos e seus resultados.
A torcida do Cruzeiro ficou mal acostumada, como dizem muitos torcedores, aos tÃtulos, as conquistas e o ápice foi o ano de 2003. Como nas parábolas e analogias, subir como o Cruzeiro subiu foi muito difÃcil e sofrido mas cair é muito fácil e quanto mais se sobe o tombo é mais dolorido, mais desesperador.
Mas isso tudo só acontece quando o torcedor não tem a disposição de reaprender a torcer.
O torcedor do Cruzeiro é privilegiado e torna-se natural quando ele ainda esteja na comemoração das glórias de 2003, mas pelas discussões e opiniões que vemos na lista-cruzeiro (mantida pelo site www.cruzeiro.org) ficamos apreensivos pelo tempo que a maioria dos torcedores irão levar para reaprender a torcer.
Não se trata de mera suposição de idéias, trata-se de situação que leva estes torcedores a verem somente agora a deficiência de certos jogadores, alguns até então titulares, que não era vista no ano passado.
Os critérios de avaliação vão ficando cada vez mais diferentes e absurdos, o que tende a se acirrar e levar a extremos como a posição de torcedores pedindo dispensa de jogadores e contratação de outros sem ao menos parar e pensar no conjunto do elenco e nas metas e objetivos a serem atingidos.
Convido os torcedores cruzeirenses a ampliarem as fileiras dos que discutem as coisas do Cruzeiro a colaborarem para que reaprendamos a torcer e entender que tÃtulos são sempre tÃtulos e que tÃtulos como o Brasileiro não vêem por acaso
Saudações Celestes ETERNAMENTE CAMPEÃS
Evandro Oliveira
pyxis@cruzeiro.org
Belo Horizonte - MG
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Evandro Oliveira e cruzeirense desde a decada de 1960 e costuma ficar zangado quando ve tolices na boca de cruzeirense, mas talha o sangue quando ve a midia manipulando cruzeirenses alienados e desavisados. pyxis@cruzeiro.org
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