Campeonato Brasileiro 2003 | Ficha Técnica | 14.dez.2003 | 23ª rodada - Returno
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Mota mostrou oportunismo e marcou o 7 gol da goleada Cruzeirense para cima do Bahia. |
Bahia 0 x 7 Cruzeiro
O encerramento do Brasileirão não poderia ter sido melhor para o campeão Cruzeiro. A equipe de Vanderlei
Luxemburgo goleou o Bahia por 7 a 0 na Fonte Nova, em Salvador, e chegou às marcas de 100 pontos e 102
gols, recordes absolutos na história da competição. O placar também foi o maior favorável ao clube no
Nacional. Alex foi o destaque da tarde com cinco gols e se tornou o maior artilheiro do clube nesta
edição e em todas as anteriores, com 23. O Bahia, por sua vez, foi rebaixado.
O resultado coroou a indiscutível campanha azul. O clube encerra a competição melhor que os adversários
em quase todos os quesitos. O time só perde para o São Caetano no critério "defesa", com 47 gols sofridos,
contra 37 dos paulistas.
Os jogadores e a comissão técnica agora entram de férias e só retornam aos trabalhos em janeiro. Quem
entra em campo agora é a diretoria. O presidente Alvimar Perrella, o vice, Zezé, e o gerente Eduardo
Maluf, tentarão renovar todos os contratos que vencem em 31 de dezembro. O maior desafio será manter
Alex.
O jogo
O Bahia atrasou o início da partida em 15 minutos para poder saber os resultados dos adversários na
briga contra o rebaixamento e tentar tirar proveito das informações no decorrer do duelo contra o
campeão. Mas o Tricolor se esqueceu que antes de pensar em outros placares deveria fazer a sua parte
e vencer. O resultado em campo foi um Cruzeiro avassalador. Com toque de bola envolvente, os campeões
quase não encontraram resistência na etapa inicial e Alex teve 100% de aproveitamento nas quatro
penalidades, legítimas, apontadas pelo árbitro Evandro Rogério Roman.
A primeira chance cruzeirense ocorreu aos dez minutos. Alex cobrou falta da direita e Mota cabeceou
no ângulo esquerdo. Émerson defendeu bem. Dois minutos depois, Paulinho derrubou Maurinho na grande
área. O árbitro não hesitou em marcar o pênalti. Alex converteu aos 13 com toque no canto esquerdo
de Émerson: 1 a 0.
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Alex igualou o feito de Ronaldinho marcando 5 gols em uma única partida e superou Alex Alves com 23 gols na artilharia do Brasileiro. |
Na saída de bola, o Bahia foi ao ataque, mas Cláudio desperdiçou um gol dentro da pequena área. Aos
17 minutos, o zagueiro Valdomiro cortou cruzamento de Wendell na área com a mão esquerda. Evandro
Rogério Roman marcou nova penalidade. Alex foi para a cobrança e repetiu o canto, deslocando o goleiro
Émerson: Cruzeiro 2 a 0.
Aos 22, o mesmo Valdomiro, que já tinha cartão amarelo, derrubou Mota dentro da área quando o cearense
se preparava para marcar o terceiro, mas não foi expulso O árbitro determinou nova batida de pênalti
e neste lance, nem ouviu reclamações baianas. Alex trocou o canto e ampliou ainda mais a vantagem
mineira: 3 a 0. Após o terceiro gol cruzeirense, torcedores do Bahia invadiram o gramado, no setor
localizado atrás do gol de Gomes. Houve choque com a polícia e muita confusão.
Em campo, jogadores do Bahia já mostravam apatia diante do resultado, que já os colocava na Segunda
Divisão. Este comportamento irritou ainda mais os torcedores, que passaram a atirar objetos no gramado.
Enquanto isso, o Cruzeiro não tomava conhecimento do desespero tricolor. Aos 33, Alex lançou Márcio
Nobre na grande área e mesmo sem combate dos zagueiros, o goleiro Émerson fez grande defesa.
O quarto gol, para variar, surgiu de nova penalidade. Aos 37, o lateral Chiquinho acertou um chute
no rosto de Márcio Nobre dentro da grande área. O árbitro paranaense só foi questionado no lance pelo
desesperado goleiro Émerson. Por meio de mais uma cobrança perfeita de Alex, no canto esquerdo, o
Cruzeiro fez 4 a 0. Com este gol, o camisa 10 igualou o recorde de gols de um cruzeirense no Campeonato
Brasileiro, com 22 gols. O único a atingir esta marca era Alex Alves, em 1999.
A partir daí, o Cruzeiro ficava a um gol de atingir a extraordinária marca de 100 gols na competição,
feito jamais alcançado por qualquer equipe desde a sua primeira edição, em 1971. A vitória já dava
ao campeão o recorde histórico de 100 pontos.
Aos 43, Didi desperdiçou a melhor chance do Bahia de diminuir o vexame. Após cruzamento da esquerda,
ele ficou com o gol livre, mas foi travado por Leandro.
Segundo Tempo
O Cruzeiro voltou com duas modificações: Zinho e Felipe Melo entraram nos postos de Wendell e Augusto
Recife. O Bahia bem que tentou esboçar uma reação e aos cinco, William acertou a trave direita de
Gomes. Mas aos dez, o recorde tão desejado pelos cruzeirenses, de atingir 100 gols no Nacional, foi
alcançado por meio de Felipe Melo. Ele recebeu passe de Alex na área e tocou no ângulo direito de
Émerson: 5 a 0.
Três minutos depois, Preto, em cobrança de falta, mandou no travessão de Gomes. Mas o Cruzeiro não
diminuiu o ritmo a partir da concretização do feito histórico e aos 21, Alex, lançado na área, passou
por Émerson e ampliou a goleada para 6 a 0. Com seu quinto gol, ele se isolou na história como maior
artilheiro do clube na competição, com 23 gols, e se igualou a Ronaldinho, com cinco gols em um só
jogo. Em 93, diante do mesmo Bahia, no Mineirão, o Fenômeno marcou cinco vezes na goleada por 5 a 0.
Já aos 23, Mota fez o sétimo e o Cruzeiro chegou a 102 gols no Brasileirão. Esta passou a ser o maior
placar do clube na história da principal competição.
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Informações e Estatísticas
Ficha Técnica
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Escalação Bahia
Emerson; Valdomiro, Gustavo Castro e Accioly; Paulinho (Ramos), Otacílio, Preto, Elias (Gilberto) e
Chiquinho; Cláudio (William) e Didi.
- Técnico: Edinho Nazareth.
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Escalação Cruzeiro
Gomes, Maurinho, Cris, Edu Dracena e Leandro; Maldonado, Augusto Recife (Felipe Melo), Wendell
(Zinho) e Alex; Márcio Nobre (Alex Dias) e Mota.
- Técnico: Vanderlei Luxemburgo
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Estatisticas
Data e Hora: 14 de dezembro de 2003, às 16:00hs, Domingo
Local: Fonte Nova, Salvador (BA)
Público e Renda: 25.682 pagantes, 27.752 presentes, renda: R$ 135.850,00
Árbitro: Evandro Rogério Roman (PR)
Auxiliares: Altemar Dominguez (PR) e Rogério Rolim (PR)
Cartões amarelos: Valdomiro, Paulinho, Preto (Bahia)
Gols:
Alex, aos 13 minutos do 1º tempo de pênalti (Cruzeiro)
Alex, aos 17 minutos do 1º tempo de pênalti (Cruzeiro)
Alex, aos 23 minutos do 1º tempo de pênalti (Cruzeiro)
Alex, aos 38 minutos do 1º tempo de pênalti (Cruzeiro)
Felipe Melo, aos 10 minutos do 2º tempo (Cruzeiro)
Alex, aos 21 minutos do 1º tempo (Cruzeiro)
Mota, aos 23 minutos do 1º tempo (Cruzeiro)
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Classificação nesta rodada [última do Campeonato]
| | | P | J | V | E | D | GP | GC | SG | % |
1 | | Cruzeiro | 100 | 46 | 31 | 7 | 8 | 102 | 47 | 55 | 72% |
2 | | Santos | 87 | 46 | 25 | 12 | 9 | 93 | 60 | 33 | 63% |
3 | | São Paulo | 78 | 46 | 22 | 12 | 12 | 81 | 67 | 14 | 56% |
4 | | São Caetano | 74 | 46 | 19 | 14 | 13 | 43 | 37 | 16 | 53% |
5 | | Coritiba | 73 | 46 | 21 | 10 | 15 | 67 | 58 | 9 | 52% |
6 | | Internacional | 72 | 46 | 20 | 10 | 16 | 59 | 57 | 2 | 52% |
7 | | Atletico-MG | 72 | 46 | 19 | 15 | 12 | 76 | 62 | 14 | 52% |
8 | | Flamengo | 66 | 46 | 18 | 12 | 16 | 66 | 73 | -7 | 47% |
9 | | Goiás | 65 | 46 | 18 | 11 | 17 | 78 | 63 | 15 | 47% |
10 | | Paraná | 65 | 46 | 18 | 11 | 17 | 85 | 75 | 10 | 47 |
11 | | Figueirense | 65 | 46 | 17 | 14 | 15 | 62 | 54 | 8 | 47% |
12 | | Atletico-PR | 61 | 46 | 17 | 10 | 19 | 67 | 72 | -5 | 44% |
13 | | Guarani | 61 | 46 | 17 | 10 | 19 | 64 | 72 | -8 | 44% |
14 | | Criciuma | 60 | 46 | 17 | 9 | 20 | 57 | 69 | -12 | 43% |
15 | | Corinthians | 59 | 46 | 15 | 12 | 19 | 61 | 63 | -2 | 42% |
16 | | Vitória | 56 | 46 | 15 | 11 | 20 | 50 | 64 | -14 | 40% |
17 | | Vasco | 54 | 46 | 13 | 15 | 18 | 57 | 69 | -12 | 39% |
18 | | Juventude | 53 | 46 | 12 | 14 | 20 | 55 | 70 | -15 | 38% |
19 | | Fluminense | 52 | 46 | 13 | 11 | 22 | 52 | 77 | -25 | 37% |
20 | | Grêmio | 50 | 46 | 13 | 11 | 22 | 54 | 68 | -14 | 36% |
21 | | Ponte Preta | 50 | 46 | 11 | 18 | 17 | 63 | 73 | -10 | 36% |
22 | | Paysandu | 49 | 46 | 15 | 12 | 19 | 74 | 77 | -3 | 35% |
23 | | Fortaleza | 49 | 46 | 12 | 13 | 21 | 58 | 74 | -16 | 35% |
24 | | Bahia | 46 | 46 | 12 | 10 | 24 | 59 | 92 | -33 | 33% |
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